O Campus da Universidade de Taubaté, localizado na cidade de Ubatuba, foi palco durante os dias 10 e 11 de março de um evento promovido pelo Comitê das Bacias Hidrográficas do Litoral Norte (CBH-LN).
A iniciativa, denominada Diálogos sobre o ambiente: Terra, Água, Gente, fez alusão ao Dia Mundial da Água, comemorado no dia 22 de março.
Foram realizados diversos fóruns e diálogos e, em cada um deles, foi registrada a participação de representantes de vários órgãos que contribuíram com a discussão das temáticas dos painéis: Litoral Norte, gente, Terra e água.
Do global ao local
Inicialmente, foi feito um panorama geral do Litoral Norte e das questões de desenvolvimento e sustentabilidade dados pela nova inserção da região na economia nacional – que tem hoje, além do turismo, novos fatores, como a cadeia de petróleo e gás e da logística de transporte para servir as necessidades de importação e exportação desses bens. Essas novas condições econômicas causam impacto no desenvolvimento urbanístico, caracterizando uma nova realidade.
Ubatuba
De acordo com a avaliação do secretário de Meio Ambiente, Juan Blanco Prada, foram abordados vários pontos importantes que vieram ao encontro das políticas públicas do próprio município. “O evento ratificou a política municipal, com o reconhecimento das comunidades tradicionais, do papel cultural, histórico, mas inclusive como agentes de preservação ambiental e como vítimas, de certa forma, desse modelo de desenvolvimento imposto”, assinalou.
Prefeito Mauricio, que também é presidente do CBH-LN, ressaltou que os três temas discutidos – gente, Terra e água- são fundamentais e comentou que no quesito “gente”, o destaque foi para a abordagem da questão sobre as populações caiçaras, que preservam o Litoral mantendo a qualidade de vida.
Revisão da legislação
Os modelos de uso e ocupação do solo e a discussão do ZE – zoneamento ecológico, sobre os quais novos parâmetros são tratados, também foram citados e, diante disso, chegou-se à conclusão de que haverá a necessidade de adequação da legislação a essa nova realidade socioeconômica.
Saneamento
Prada ainda lembrou o que foi falado sobre a necessidade de uso racional de recursos hídricos e necessidade de preservação deles, pois causam impacto direto na qualidade das águas e balneabilidade das praias.
“Se não cuidarmos dos padrões de saneamento e do aumento da poluição nas praias, nós estamos cirando um impacto negativo direto na economia. Por isso também destacamos a importância da discussão sobre os rumos do saneamento no município, principalmente com a participação da Audiência Pública que acontece na próxima quinta-feira, 17, das 15 às 17h30, no Auditório da Câmara Municipal (rua Thomaz Galhardo, 64 – Centro).